08/04/2012
Renascer no amor

É fato que estou algumas semanas sem escrever... A perda de uma grande amiga, repentinamente, levou para bem longe a inspiração.

Nos dias e semanas que se passaram, sofri, chorei, lamentei e procurei encontrar novas formas de compreender a falta, a ausência e a dor.

Como escrevi no blog anteriormente, diante da ausência, só o tempo pode fazer o trabalho necessário.

Hoje, em pleno domingo de Páscoa, quando celebramos o amor de Cristo e seu exemplo de vida pelos valores da caridade, fé, entrega e amor incondicional, procuro entender um pouco mais do que seja a paz e o renascimento em mim.

É preciso amar a vida, entender seus caminhos e descaminhos, mesmo quando tudo o mais parece estranho. É preciso fazer a coisa certa mesmo se todo o resto lhe parece contrário.

É preciso ser mais por dentro do que por fora. É preciso se respeitar, mesmo que isso exija sair de cena, procurar um canto amigo.

Penso que na escala da evolução em que nos encontramos, é preciso ser exemplo pelo exercício cotidiano de compreender uma linha a mais do nosso livro da vida.

Faz diferença se dedicamos um tempo para os encontros que vivificam a vida.

Faz diferença dizer que ama, dar um beijo, abraçar de verdade, perdoar com o coração e não com a boca.

Faz diferença exercitar a presença, pois nunca sabemos quando será o último dia.

Faz diferença produzir milagres quando vivemos de verdade e nos dispomos a ver sempre outros lados da história.

Faz diferença fazer diferente e desejar para o outro aquilo que desejamos para nós mesmos.

Se há muitos anos Cristo nos ensinou o amor maior, se Sua Vida é exemplo de tudo aquilo que podemos um dia ser, é porque somos centelhas do mesmo amor, que nos torna um.

Há muito tempo é propagado que o ser humano utiliza apenas 10% do seu cérebro e que poderemos desenvolver muitas outras habilidade.

Concordo com essa sentença, mas apenas discordo daqueles que pensam que o restante está contido na racionalidade e objetividade.

Expandiremos, sim, os 90% quando, realmente, sentirmos e vivermos as potencialidades do amor, que nos religa a nós mesmos, ao outro, à vida.

Se é preciso renascer, que seja no amor para reconstruir e edificar novas formas, mais pacíficas e sábias, de viver.


« voltar

A gestão do processo de trabalho da enfermagem em uma enfermaria pediátrica de média e alta complexidade: uma discussão sobre cogestão e humanização
O artigo analisa o cotidiano da gestão do trabalho de enfermagem numa enfermaria pediátrica de média e alta complexidade.